Graduação

Informações sobre o curso de graduação em Design da UFCG

Sketch-A-Day: Daily Sketches from Industrial Designer, Spencer Nugent – Page 344

Definição da Atividade Design de Produto 

O Design de Produto é uma atividade prática, fundamentada em teorias e procedimentos críticos, cujo principal objetivo é a configuração de artefatos no campo da inovação tecnológica, partindo de uma abordagem sistêmica, envolvendo diversas atividades e disciplinas, incluindo: processos cognitivos e criativos; questões de uso; cadeia produtiva; mercado, interação pragmática e emocional; propriedades formais; e dimensão estética, semântica e simbólica. Compreende criação e desenvolvimento de conceitos que resultem em produtos gerados a partir de uma estrutura de conexões englobando campos do conhecimento relevantes para a atividade, buscando, através de seus artefatos, proporcionar experiências que atendam às expectativas dos diversos segmentos de usuários durante a execução das mais variadas tarefas. Desta forma, devem ser contempladas experiências resultantes de expectativas tanto práticas quanto aquelas relacionadas a aspectos teóricos, emocionais e subjetivos. Assim, o Design deve combinar diversos fatores expressos em seus produtos que contribuam para uma experiência plena do usuário com o artefato, que incluem: experiência psicológica e emocional, caraterização estética, semântica do produto, impacto social e ambiental, ergonomia e fatores humanos, inovação tecnológica, eficiência, e durabilidade. Por fim, design deve explorar a configuração de seus produtos a partir da perspectiva de que possam ser significantes para seus usuários, a partir de uma perspectiva sistêmica.

Princípio Fundamental do Curso

O princípio pedagógico e filosófico do Curso de Design da UFCG está fundamentado em uma abordagem sistêmica do Design. Para efeito de caracterização do curso da UFCG, a abordagem sistêmica está fundamentada enquanto processo de identificação, abordagem, investigação, crítica, compreensão e exploração dos elementos de um todo que influenciam e são influenciados reciprocamente. Esse princípio deverá ser adotado como filosofia do curso, e aplicado não apenas às atividades localizadas, como no desenvolvimento de projetos, mas para todas as atividades relacionadas às demais disciplinas e demais atividades do curso. Seguindo este princípio, todas as disciplinas deverão ter seus conteúdos e metodologias construídos e desenvolvidos sob a perspectiva do inter-relacionamento com as demais, e principalmente, com as disciplinas de Projeto. Desta forma, caracteriza-se o princípio de inter-relações entre disciplinas, entre projetos, entre usuário-produto, e também extensivo para professores e alunos. As diversas faces do design e suas conexões interdisciplinares (funcionalismo, estética, ergonomia, teoria, produção industrial, marketing, ecologia, emoção, semântica, entre outras) são exploradas através do princípio de inter-relações configuracionais, onde as diversas dimensões são igualmente importantes e se influenciam.

Deste modo, o design passa a ser entendido como um diferencial que busca a qualidade e a excelência dos produtos e serviços, bem como um meio de transformação de ideias em negócios. Além disso, o design viabiliza, industrialmente, através da utilização da tecnologia, os processos de inovação relacionados à concepção, desenvolvimento e produção de artefatos para a sociedade.

Infraestrutura

Objetivos do Curso

O curso tem como principal objetivo formar profissionais habilitados a desenvolver produtos de diversas áreas dos sistemas produtivos passíveis de exploração no universo do design de produto, consonante com o perfil industrial e de produção diversificado da Paraíba e do Brasil. Dessa forma, o egresso do Curso de Design da UFCG, estará habilitado a desenvolver produtos para as diversas áreas desse sistema.

O curso objetiva, portanto, oferecer ao estudante uma visão sistêmica nas diversas etapas que compõem o processo de design que inclui: concomitância com a evolução de aspectos sociais, culturais, econômicos e tecnológicos; pesquisa, análise e crítica de informações coletadas; processos criativos; processos produtivos; inserção do produto no mercado. O estudante poderá sempre desenvolver e exercer sua capacidade criadora seguindo processos metodológicos que proporcionem uma perspectiva sistêmica de todas as etapas e estágios envolvidos no ciclo de vida do produto desde sua concepção até sua utilização.

Carga Horária

O regime acadêmico é o de Sistema Seriado Por Períodos. O estudante também deverá se matricular em uma carga horária que respeite os limites mínimo e máximo por período. A carga horária mínima e máxima de matrícula por período, e o tempo mínimo e máximo para conclusão do curso são, respectivamente:

 

CARGA HORÁRIA MÍNIMA POR PERÍODO

240 HORAS (16 CRÉDITOS)

CARGA HORÁRIA MÁXIMA POR PERÍODO

390 HORAS (26 CRÉDITOS)

TEMPO MÍNIMO PARA CONCLUIR O CURSO

3 ANOS E MEIO (7 PERÍODOS)

TEMPO MÁXIMO PARA CONCLUIR O CURSO

5 ANOS E MEIO (11 PERÍODOS)

Carga Horária

O regime acadêmico é o de Sistema Seriado Por Períodos. O estudante também deverá se matricular em uma carga horária que respeite os limites mínimo e máximo por período. A carga horária mínima e máxima de matrícula por período, e o tempo mínimo e máximo para conclusão do curso são, respectivamente:

 

CARGA HORÁRIA MÍNIMA POR PERÍODO

240 HORAS (16 CRÉDITOS)

CARGA HORÁRIA MÁXIMA POR PERÍODO

390 HORAS (26 CRÉDITOS)

TEMPO MÍNIMO PARA CONCLUIR O CURSO

3 ANOS E MEIO (7 PERÍODOS)

TEMPO MÁXIMO PARA CONCLUIR O CURSO

5 ANOS E MEIO (11 PERÍODOS)

História do Curso

O Curso de Design, do Centro de Ciências e Tecnologia da UFCG obteve autorização de funcionamento em 25 de setembro de 1978, com a denominação Curso de Bacharelado em Desenho Industrial, através da Resolução n° 24/78 do CONSEPE/UFPB que estabeleceu sua estrutura curricular, graças ao esforço do reitor Linaldo Cavalcante de Albuquerque em interiorizar a Universidade Federal da Paraíba – UFPB com a criação de novas áreas de conhecimento e a contratação de professores.

Com a vinda de professores dos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo (Ivan Macedo, Tamico Yamada, Gustavo Amarante Bonfim e Wagner Braga Batista) e com o professor Itiro Iida do Curso de Engenharia Mecânica, foi dado início à estruturação do Curso de Desenho Industrial. 

Apesar da falta de experiência acadêmica dos professores recém-chegados, os mesmos puderam vivenciar o desafio de constituir um curso dentro de uma perspectiva bastante inovadora – primeiro curso de desenho industrial integrado a área de tecnologia, e além do mais localizado na região nordeste.Vale enfatizar que o contato com a realidade socioeconômica do Nordeste seria uma singularidade deste projeto pedagógico, pois os cursos criados até o momento estavam localizados nos grandes centros e vinculados a área de artes ou de humanidades.

O Curso de Desenho Industrial teve sua origem no Laboratório de Desenho Industrial (um dos cinco implantados no Brasil pelo CNPq), localizado dentro do Departamento de Engenharia Mecânica. A primeira turma de Desenho Industrial matriculou-se em agosto de 1978, e para o processo de seleção houve dois tipos de aluno que se candidataram: pessoas que tinham experiências em outros setores de atividades e pessoas atraídas pela novidade do curso. Nesse período o currículo era composto por três blocos fundamentais: formação técnica, operacional e humanística.

Apesar do Curso necessitar de docentes e técnicos especializados para empreendê-lo, o mesmo se viabilizou através da contribuição de integrantes de outros departamentos da UFPB. Sendo que, ao final de 1979, o corpo docente do curso estava composto por 12 professores.

A partir de 1990, o Laboratório de Desenho Industrial foi tomando formato de departamento quando os professores da Área de Desenho Industrial se transferiram para sua sede e passaram a desenvolver as atividades fins no âmbito da UFPB.  Até que em 1993 foi definitivamente desmembrado do departamento de origem e transformado em Departamento de Desenho Industrial, sendo nomeado chefe pró-tempore o professor Natã Morais de Oliveira, formado na mesma instituição.

Vale salientar que o Laboratório de Desenho Industrial foi instrumento importante para o design da Paraíba e para o cenário do design nacional, através de eventos e ações como o Primeiro Workshop de Pós-Graduação em Design no Brasil, o Curso de Atualização em Design de Produto, ministrado pelos professores Gui Bonsiepe, Petra Kellner e Holger Poessnecker, gerando a publicação pelo CNPq sob título Método Experimental: desenho industrial, o Curso de Atualização de Fotografia Profissional, em parceria com a Fundação Parque Tecnológica da Paraíba, a 3ª e a 4ª Semana de Design da Paraíba, 1º, 2º e 3º Seminário Internacional de Software Design e a exposição Paraíba Mostra Design.

No ano de 2013, o então, Curso de Desenho Industrial passou a se chamar Curso de Design através da Resolução 09/2013 da Câmara Superior de Ensino da UFCG e através da Portaria MEC/SERES 706 de 18/12/2013. Em 2014 o curso obteve a aprovação do Mestrado em Design de Produto abrindo nova porta para a inserção acadêmica da pesquisa em design.

O curso se faz presente em eventos científicos, artísticos e culturais, incentivando a publicação de artigos e o envio de projetos de produtos para os diversos concursos que ocorrem durante o ano.